segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Viver

Ah vida! As vezes sem mim;
no corre daqui e de lá, nesse
vai e vem, leva e traz acaba
esquecendo;

E nos lábios sorrisos a
mais e as vezes de menos;

Sorrisos que acontecem e
desaparecem, tristezas que
chegam e passam;

Euforias e empolgações de
momento e nenhum dia é
igual ao outro, num se faz luto
no outro festa;

Intrigante e confusa a vida,
alegria que não sabe se vai
ou se fica;

Como flores tímidas no inverno
a vida nos despede, e mal posso
esperar o verão, esse nos recebe
e quem sabe poderemos viver
um momento chamado “sempre”.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Casa de papel


Era uma vez, uma casa de papel
quem espreita, é aquele que causa
sofrimento acompanhado de uma
dor que silencia a alma e a voz, que
sufoca na garganta o choro amargo
que pretendia libertar;

Logo, todos os sentidos meus
agora grita, um grito abafado
e seco, com um soluço que
despede de uma parte de mim
que insistentemente desejava
e implorava para ficar, e eu
sabia disso;

Os olhos que choraram
hoje são olhos que sorriem
e se exaltam de contentamento
simplesmente por que seus
tão pequeninos olhos me
encontraram e retonaram
a mim;
Agora sei que seus delicados
pés recoradaram o caminho
e insistentemente pediam
para voltar a sua velha casa de
papel.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Entre risos e canções


Talvez aquele não devesse ser o meu lugar. Me coloco em trajes aparentemente apropriado, canto uma canção, tomo uma taça de vinho e logo depois um drink, enquanto procuro encontrar seus olhos vazios e perdidos naquela noite. Olhos esses que pareciam não querer ser descobertos, pelo menos não naquele momento e não por tal pessoa. Houve momentos em que quase os alcancei, mas facilmente se escaparam e se perderam novamente entre risos e canções. Por um instante pensei que talvez aquele seria os olhos que me mostraria o que é o amor. Mas quem sabe aquele não devesse ser o meu lugar, e meu traje não devesse ser o apropriado pra aquela ocasião, naquela noite.

Noite

Vem o dia e logo vem a noite, acompanhada de de um silêncio surdo que sussurra tristeza. Tristeza por algo que não deveria ser assim. Saudades de uma noite alegre e não sombria, noite essa que eu não conheci. Espero pelo dia em que não sentirei melancolia no pôr do sol, o dia em que meu coração se alegrará com o cair da noite.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Musica em mim


Lembro-me de meu velho pai e minha querida mãe. Meu pai com seu surrado violão de guerra e minha mãe com seu forte contrauto. Juntos cantavam e encantavam as plateias das pequenas igrejas de onde moravámos, com canções antigas e profundas da harpa cristã. Eu era a fã número um dos dois, estava sempre lá assistindo de perto, adorava vê-los cantando, e pensava comigo, que quando crescesse queria ser igualzinha a eles.
Muitas coisas aconteceram desde essa época, mas ainda tenho o mesmo desejo, e ainda bem mais forte.


A música em mim é como um vulcão em erupção, e ao mesmo tempo silenciosa, sem alardes e sem estardalhaços, caminho no anonimato.


A música pra mim é a expressão exata da alma.

A música, seja ela sem palavras, ainda assim é o canto da liberdade, e que traz a tona aquilo que é mais forte do que eu.


A música me lembra que existe um ser maior e mais elevado em nosso universo.

A música é o silêncio da minha alma, e ela o sabe muito bem, ela é a minha voz, sem ela é como se me faltasse pés e mãos, ela me leva pra perto de Deus e me traz pra perto de mim, me colocando no eixo correto de funcionamento, se não canto, não existo, para mim ela é quietude, mais nada.

Esperança minha


Um tanto tensa sem
saber se reclino ou
declino se escrevo ou
desprezo a pena;

Me esforço a movimentar-me
ao redor, e vou ao encontro de
mim, que minha vida, todavia
longa não se torne um ermo;

Vastos pensamentos
pensamentos que por
muito se detém em
palavras futuras e
efusões presentes e
tampouco sei eu se
chegarei lograr algum
êxito;

Efusões quem sabe
precipitadas talvez
infensa para este tempo
Quem sabe?
Quem saberá?

Se luto ou reluto
me canso um tanto
suspiro e respiro
bem fundo!
retomo o fôlego elá
vou eu de novo;

Ah! Esperança minha!
por essa caminho a pé
me canso, mas logo
descanso;

Por essa dou passos
contínuos, vezes lentos
demais, mas sem sossegar
sem no sono pegar, sem
os olhos cerrar, por essa
prossigo;

Eita! Longo caminho esse!
Ah! Esperança infinda essa!
por ela há passos contínuos
meus, sem dormitar, sem
os olhos cerrar, sem bobear
por essa prossigo semPiscar;

Ah! Esperança minha!